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Preços de Transferência no México

Este artigo dá uma breve visão geral da legislação mexicana sobre Preços de Transferência, incluindo o escopo de aplicação, a definição de empresas relacionadas, as partes necessárias para apresentar uma declaração juramentada sobre este assunto e as penalidades.

Índice

Os Preços de Transferência no México começaram em 1998, desde então a legislação nesta área tem sido reformada e ampliada.

O México adaptou sua regulamentação tributária de acordo com as diretrizes indicadas nas ações do Plano BEPS (Base Erosion and Profit Shifting ou Base e Erosão e Transferência de Lucros) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a fim de combater a evasão ou fraude fiscal.

A adoção pelo México da Ação 13 do Plano BEPS é de grande importância, no que diz respeito à Documentação de Suporte, o que permite às diferentes Agências Fiscais em todo o mundo trocar informações de grupos multinacionais através dos Relatórios País por País (CbC Report).

Este regime está atualmente regulamentado nos artigos 76, 76-A, 179 e 180 da Lei do Imposto de Renda ou Income Tax Law (ITL), assim também como em alguns artigos do Código Fiscal Federal.

Da mesma forma, existe uma legislação especial sobre este assunto em relação à maquila e aos hidrocarbonetos.

Princípio da Competição Aberta: Conceito

Também conhecido como o princípio “Arm’s Lenght”, é um pilar fundamental a ser seguido em relação aos Preços de Transferência.

Este princípio estabelece que os preços acordados entre partes relacionadas devem ser acordados pelo valor de mercado, ou seja, como se tivessem sido feitos por partes independentes.

Na lei mexicana, este princípio é regulamentado na Seção XII do Artigo 76 da Lei do Imposto de Renda.

O referido artigo estabelece que, no caso de pessoas jurídicas que realizem transações com partes relacionadas no exterior, elas devem determinar sua renda acumulada ou deduções autorizadas, considerando preços que teriam sido utilizados com partes independentes em situações comparáveis.

Definição de Partes Relacionadas no México

De acordo com o quinto parágrafo do artigo 179 da Lei do Imposto de Renda, uma ou mais partes são consideradas como partes relacionadas quando:
  • Um participa direta ou indiretamente da gestão, do controle ou do capital do outro.
  • Uma pessoa ou grupo de pessoas participa direta ou indiretamente da administração, controle ou capital de tais pessoas.
Também devem ser consideradas partes relacionadas:
  • Um estabelecimento permanente, em termos da empresa matriz ou outros estabelecimentos permanentes da mesma.
  • Empresas ou entidades sujeitas a regimes fiscais preferenciais em relação ao contribuinte residente no México.

Métodos de Preços de Transferência no México

Para a análise das transações entre as partes relacionadas, a legislação mexicana prevê seis métodos, que de acordo com o artigo 180 da Lei do Imposto de Renda, são os seguintes:
  • Método de preço comparável descontrolado.
  • Método do preço de revenda.
  • Método de custo adicional.
  • Método de partição utilitária.
  • Método residual de partição de utilidades.
  • Método da margem de lucro transacional.
Também estabelece uma hierarquia em relação ao uso dos métodos, indicando que o Método do Preço Comparável Descontrolado deve ser aplicado primeiro, e que os outros métodos acima só podem ser usados na medida em que o primeiro método não seja apropriado.

Análise de Comparabilidade no México

De acordo com o terceiro parágrafo do artigo 179 da Lei, a fim de determinar se uma transação entre partes relacionadas é comparável a uma transação realizada por partes independentes, os seguintes critérios de comparabilidade devem ser considerados:

  • Características das transações.
  • As funções ou atividades, bens e riscos assumidos nas operações.
  • Os termos contratuais.
  • Circunstâncias econômicas.
  • Estratégias comerciais.

Documentação e Declaração de Preços de Transferência

De acordo com os artigos 76 e 76-A da Lei do Imposto de Renda, a Documentação de Suporte, bem como as declarações juramentadas informativas que devem ser apresentadas.

Declaração Jurada Informativa sobre os Preços de Transferência

De acordo com a seção X do artigo 76 da Lei, estabelece que as informações sobre transações com partes relacionadas no exterior, realizadas no ano imediatamente anterior, deverão ser apresentadas juntamente com a declaração jurada anual de imposto de renda, de acordo com os formulários indicados pela autoridade fiscal.
Esta declaração está incluída no Anexo 9 da Declaração Informativa Múltipla (DIM).
Entretanto, de acordo com o artigo 76-A incorporado à Lei, com as medidas indicadas na Ação 13 do BEPS, foram adotados três tipos de declarações anuais informativas adicionais para os contribuintes indicados nas seções I, II, III e IV do artigo 32-H do Código Tributário Federal.
Esses contribuintes são os seguintes:
  • Contribuintes que no último ano fiscal imediatamente anterior declararam ter consignado em suas declarações normais de renda acumuláveis para fins de imposto de renda igual ou superior a um montante equivalente a US$ 815.009.360,00.
  • Empresas comerciais que pertencem ao regime tributário opcional para grupos de empresas.
  • Entidades para-estatais da administração pública federal.
  • Pessoas jurídicas residentes no exterior que tenham um estabelecimento permanente no país.
Quanto às declarações indicadas acima, estas estão divididas no seguinte:

Declaração Informativa Local

Esta declaração juramentada deve conter uma descrição da estrutura organizacional da empresa, suas atividades e operações relacionadas. Da mesma forma, as informações financeiras do contribuinte obrigado e das empresas ou operações comparáveis devem ser incluídas.

Declaração Informativa Principal

Esta declaração juramentada deve conter informações sobre o grupo multinacional, tais como sua estrutura, descrição da atividade, intangíveis e posição financeira e fiscal.

Declaração Informativa País por País

Tal declaração juramentada deve conter informações no nível da jurisdição fiscal sobre a distribuição mundial da renda e dos impostos pagos.
Também deve conter indicadores da localização das atividades econômicas nas jurisdições fiscais em que o grupo empresarial multinacional opera no exercício fiscal correspondente.
Uma lista de todas as entidades que compõem o grupo corporativo multinacional também e seus estabelecimentos permanentes, incluindo as principais atividades econômicas de cada uma das entidades que compõem o grupo corporativo multinacional.
Da mesma forma, em relação àqueles que devem apresentar esta última declaração juramentada, deve-se observar que, além de estarem em qualquer uma das situações descritas acima, eles devem estar em uma das seguintes situações:
  • Devem ser pessoas jurídicas multinacionais de controle, para as quais devem cumprir os seguintes requisitos:
  1. Ser residentes no México.
  2. Ter subsidiárias definidas em termos de normas de relatórios financeiros, ou estabelecimentos permanentes, localizados no exterior, de acordo com a situação.
  3. Não ser subsidiárias de outra empresa residente no exterior.
  4. Estar obrigado a preparar, apresentar e declarar demonstrações financeiras consolidadas em termos de normas de relatórios financeiros.
  5. Informar nas demonstrações financeiras consolidadas os resultados de entidades residentes em um ou mais países ou jurisdições.
  6. Ter obtido no ano fiscal imediatamente anterior receitas consolidadas para fins contábeis iguais ou superiores aos $12 bilhões de pesos.
  • Ser pessoas jurídicas residentes em território mexicano ou residentes no exterior com um estabelecimento permanente no país, que tenham sido designadas pela pessoa jurídica controladora do grupo corporativo multinacional residente no exterior como responsável para prover a Declaração Informativa por País.
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Documentação de Suporte no México

A Seção IX do Artigo 76 da Lei estabelece que é necessário ter Documentação de Suporte que as transações realizadas com partes relacionadas residentes no exterior tenham sido realizadas a valor de mercado.
Para este fim, a documentação deve conter:
  • Dados de identificação das partes relacionadas.
  • Informações sobre as funções, ativos e riscos assumidos pelo contribuinte na transação.
  • Informações e documentação das transações com partes relacionadas e os valores.
  • Metodologia aplicada para a análise de tais transações.
No entanto, os contribuintes que atendem a qualquer de um dos seguintes requisitos estão isentos da obrigação de possuir tal documentação:
  • Contribuintes, que exercem atividade comercial, cuja renda no ano fiscal imediatamente anterior não excedeu $13.000.000,00.
  • Contribuintes cuja renda derivada da prestação de serviços profissionais não tenha excedido $3.000.000,00 em tal ano fiscal.

Sanções por Incumprimento dos Preços de Transferência

As sanções relacionadas ao incumprimento das regras de Preços de Transferência estão regulamentadas nos artigos 76, 81 e 83 do Código Tributário Federal Mexicano.

De acordo com o décimo parágrafo do artigo 76, quando há uma omissão no pagamento de impostos devido ao incumprimento das regras de Preços de Transferência, a multa pode totalizar de 27,5% a 37,5% do imposto omitido.

Da mesma forma, a Seção XVII do Artigo 81 do referido Código estabelece a multa por não apresentar uma declaração juramentada referida na Seção X do Artigo 76, ou por apresentá-la com erros, a qual será de US$77.230,00 a US$154.460,00.

No caso da infração por não apresentação ou apresentação incompleta das declarações informativas a que se refere o Artigo 76-A da Lei, a Seção XL do Artigo 81, estabelece que será aplicada uma multa de US$154.800,00 a US$220.400,00.

Além disso, uma infração também será incorrida de acordo com a seção XV do artigo 83 do Código Tributário se as transações com partes relacionadas residentes no exterior não forem identificadas na contabilidade, que será sancionada com uma multa de US$1.750,00 a US$5.260,00.

Diretrizes da OECD

O último parágrafo do artigo 179 da Lei do Imposto de Renda estabelece que as Diretrizes sobre Preços de Transferência para Empresas Multinacionais e Administrações Fiscais, aprovadas pelo Conselho da OECD, devem ser usadas como critério de interpretação para questões de Preços de Transferência.

Além disso: Descubra o que são preços de transferência?
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